Sabe aquele famoso ditado popular: “para sabermos como será uma criança no futuro, basta olhar para seus pais”? É fato! Esse ditado se encaixa não só para as características físicas, como também para as dentárias. Veja até que ponto a hereditariedade pode afetar seu sorriso.
A hereditariedade influencia, e muito, o formato e cor dos dentes, especialmente no Brasil, onde há numa miscigenação de raças muito grande. Pode ocorrer também de o indivíduo herdar padrões estéticos dentais da mãe e padrões ósseos do pai e vice-versa, o que irá gerar uma nova padronagem de características da arcada dentária. Neste sentido, é muito comum observarmos pessoas com tamanho e forma de dentes incompatível com suas características físicas. Por exemplo, dentes muito grande em uma arcada pequena, provocando apinhamento (dentes desalinhados) ou dentes pequenos numa arcada grande provocando espaços (diastemas). Não é por ser uma característica hereditária que é obrigatoriamente que pais e filhos tenham exatamente o mesmo sorriso, com as mesmas qualidades e defeitos.
Pode-se dizer que as pessoas tenham propensão genética a determinados problemas bucais como doença periodontal ou problemas dentais como cárie, mas o comportamento e atitudes em relação à dieta, hábitos e cuidados diários farão toda a diferença para determinar se o indivíduo terá ou não estas doenças. Com orientação sobre dieta e cuidados com higiene bucal e abolindo maus hábitos (chupar dedo, chupeta ou mamadeira por longos anos, fumar, uso de bebidas alcoólicas em excesso, etc) é possível prevenir esses problemas. Outros problemas, como a má oclusão, podem ser hereditários e revertidos com o uso de aparelho ortodôntico.
Daí a importância em consultar um ortodontista o mais cedo possível para prevenir, fazer acompanhamento, obter orientação e ou correção ortopédica (aparelhos que redirecionam o crescimento facial) que pode evitar, por exemplo, que no futuro esse paciente seja levado a uma cirurgia ortognática.