Hipertensão: o que é e como tratar a conhecida pressão alta

A hipertensão arterial sistêmica (sigla HAS), popularmente conhecida como pressão alta, é um dos males do século XXI. Trata-se de uma condição que tem característica multifatorial sendo a principal a elevação da pressão arterial (PA).
Para aqueles que sofrem com a hipertensão, o valor da PA é maior ou igual a 140/10 mmHg. Lembrando que, hoje, é muito comum que jovens apresentem alteração na pressão arterial.
Para se ter uma ideia da abrangência, cerca de 30% da população que tem mais de 50 anos de idade sofre de Hipertensão Arterial Sistêmica. Se posicionarmos o fator da idade entre 60 e 69 anos, cerca de 50% apresenta pressão alta. Acima de 70 anos, esse número já sobe para 75%. Em relação aos gêneros, os homens apresentam maior incidência (38%) do que as mulheres (32%).
Sintomas da Hipertensão Arterial
Um dos grandes problemas da hipertensão é o fato dela ser assintomática, isso quer dizer que não existe um sintoma típico que sirva de alerta para você e nem para os médicos. É muito incomum que você afira a sua pressão, já que você não se sente mal e basear seu prognóstico com sintomas como dor de cabeça, dos nos olhos, sensação de peso nas pernas é uma forma equivocada de fazê-lo. A melhor forma de saber se, de fato você sofre de hipertensão ou não, é medir através de um esfigmomanômetro, o popular aparelho de pressão.
Com qual frequência nós devemos aferir a pressão?
Uma pessoa normal deve medir, pelo menos, uma vez a cada seis meses. Se você tem fatores de risco, como obesidade, o certo é acompanhar com mais frequência, pelo menos uma vez ao mês ou a cada 15 dias. Se você já tem conhecimento sobre a sua condição de hipertensão, você deve acompanhar diariamente o controle da sua pressão.
Diagnóstico da Hipertensão – Como funciona?
É muito comum que o diagnóstico de hipertensão se dê apenas com uma aferição isolada da pressão arterial. Já falamos que, em algumas situações, a elevação da pressão ocorre como resposta do corpo à dor ou inflamação. Para que o diagnóstico seja certeiro, será necessário de três a seis aferições com resultados elevados, todas realizadas em dias diferentes e com intervalos maior que um mês entre a primeira e a última aferição.
O que acontece com o meu corpo quando tenho hipertensão?
Quando o nosso coração bate no peito, ele age como uma verdadeira bomba. Ele bombeia o sangue pelas artérias, espalhando-o para o restante do corpo. Como isso é feito com extraordinária força, a ação acaba criando uma pressão sobre essas mesmas artérias. Esse fenômeno recebe o nome de Pressão Arterial Sistólica.
Também temos a Pressão Arterial Diastólica. Ela também ocorre quando há pressão nas artérias, só que quando o coração está em repouso.
Valores da pressão arterial
Entre jovens acima de 18 anos, o quadro utilizado para característica da pressão alta é:
-Ótima: Pressão sistólica <120 e Pressão diastólica <80
-Normal: Pressão sistólica <130 e Pressão diastólica: <85
-Limítrofe: 130-139 e Pressão diastólica:85-89
-Hipertensão estágio 1: Pressão sistólica: 140-159 e Pressão diastólica: 90-99
-Hipertensão estágio 2: Pressão sistólica: 160-179 e Pressão diastólica: 100-109
-Hipertensão estágio 3: Pressão sistólica: = 180 e Pressão diastólica = 110
-Hipertensão sistólica isolada: Pressão sistólica: = 140 e Pressão diastólica: < 90.
Tipos de Hipertensão Arterial
Você sabia que a hipertensão é dividida em três níveis distintos? Eles são regulados e definidos pelos níveis da pressão arterial. Tais números, somados a condições do próprio paciente, como diabetes ou histórico de AVC, acabam criando risco de morte cardiovascular. Os estágios são classificados da seguinte maneira:
Estágio I: apresentação da hipertensão acima de 140 por 90 e abaixo de 160 por 100
Estágio II: apresentação da hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110
Estágio III: apresentação da hipertensão acima de 180 por 110.
Consequências da Hipertensão Arterial
A pressão alta, infelizmente, está associada a uma série de danos corporais, como:
– Insuficiência Cardíaca
– Infarto do miocárdio
– Arritmia Cardíaca
– Morte Súbita
– Aneurismas
– Perda de visão
– Insuficiência renal crônica
– AVC isquêmico e hemorrágico
– Demência por micro infartos cerebrais
– Arteriosclerose
Pressão Alta- Quais são os fatores de risco?
Em sua grande maioria (90% dos casos), a condição acaba sendo passada de pai para filho, ou seja, geneticamente. Numa minoria isolada, a hipertensão acaba sendo causada por uma doença relacionada. Por exemplo: se você sofre de tireoide, as suas possibilidades de ter alteração de pressão são maiores. Outros fatores de risco são a má alimentação, aumento no consumo de sal e pouca atividade física.
Contudo, existem fatores que acabam contribuindo para o desenvolvimento da doença. São eles:
-Obesidade
-Consumir bebidas alcoólicas
-Fatores de idade
-Consumir sal em demasiado
-Sedentarismo
-Tabagismo (fumar)
-Alteração nos níveis de colesterol no organismo
-Diabetes melito
-Histórico familiar da doença
 
Tratamento da hipertensão arterial
Uma vez que você recebeu o diagnóstico, precisará mudar o seu estilo de vida, antes mesmo de começar o tratamento à base de medicamentos. Veja algumas medidas principais:
– Reduzir o consumo de sal
– Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes
– Reduzir o consumo de álcool
– Começar a prática de exercícios físicos
– Perder peso
– Abandonar o vício do cigarro
– Reduzir o consumo de gorduras saturadas
O melhor remédio é a prevenção! Procure um médico e realize os exames necessários de forma preventiva. Não se esqueça que ter hábitos saudáveis será o seu principal aliado! Procure fazer atividades físicas regularmente e tenha hábitos alimentares sadios. Não dê bobeira com a sua saúde!
 

 Moacir Teixeira Lourenço é Personal Trainer graduado em Educação Física pela universidade metropolitana de Santos, pós- graduado em Bioquímica, Fisiologia do exercício, Nutrição e Treinamento pela Unicamp.