Hoje as atenções vão para um problema que atinge milhões de pessoas: a hipertensão arterial. No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), promove em parceria com prefeituras, empresas, universidades e outras entidades, uma campanha com o objetivo de mostrar os riscos da hipertensão, bem como técnicas de prevenção e de tratamento.
A hipertensão arterial ou pressão alta ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg, podendo atacar os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins.
A pressão alta é grave, também, por ser uma “doença silenciosa”, pois muitas vezes o paciente não sente nada. Então como diagnosticar a doença? A única maneira é medir a pressão regularmente. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver hipertensos na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.
Os sintomas costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
Principal fator de risco à saúde no mundo, a hipertensão causa doenças do coração, derrame cerebral, e doenças renais. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, no mundo, sete milhões de pessoas morrem a cada ano e 1,5 bilhão adoecem por causa da pressão alta.
Ainda que seja herdada dos pais em 90% dos casos, há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol e falta de atividade física. Além destes fatores de risco, a incidência da doença é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos e em diabéticos.
As graves consequências da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento, daí a importância da conscientização do controle e tratamento. Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável. Manter o peso adequado, não abusar do sal; praticar atividade física regular; abandonar o fumo; moderar o consumo de álcool; evitar alimentos gordurosos; controlar o diabetes e ter momentos de lazer.
Mas fica um alerta: somente o médico poderá determinar o melhor método de tratamento para cada paciente.
Conheça alguns números relacionados à doença (de acordo com o Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Hipertensão):
– 300 mil brasileiros morrem anualmente de hipertensão, 820 mortes por dia, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos.
– Doenças cardiovasculares são responsáveis pelo maior número de óbitos no Brasil, seguido por mortes por câncer e causas externas (como violência).
– A pressão alta atinge 30% da população adulta brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil.
– A pressão alta é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
– Apenas 23% dos hipertensos controlam corretamente a doença.
– 36% não fazem controle algum
– 41% abandonam o tratamento, após melhora inicial da pressão arterial.
Cuide dos seus hábitos! Sua saúde agradece!