Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Tuberculose mata, diariamente, quase 4.500 pessoas em todo o planeta e permanece com o status de doença infecciosa mais mortal do mundo. Os números mostram ainda que 30 mil pessoas são acometidas pela tuberculose todos os dias.
De acordo com a OMS, esforços globais para combater a doença salvaram 54 milhões de vidas desde o ano 2000 e reduziram a mortalidade em 42%.
No Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, lembrado no dia 24 de Março, o Ministério da Saúde (MS) lançou uma campanha que reforça a urgência de colocar em práticas compromissos assumidos por líderes globais, como ampliar o acesso à prevenção e ao tratamento; garantir financiamento sustentável, inclusive para pesquisas; e promover o fim do estigma e da discriminação.
“Neste Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a OMS pede a governos, comunidades afetadas, organizações da sociedade civil, prestadores de serviços de saúde e parceiros nacionais e internacionais que unam forças”, informou a Organização Mundial da Saúde, destacando a importância de se garantir que “ninguém seja deixado para trás”.
No Brasil, tanto o diagnóstico quanto o tratamento da tuberculose estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
A doença
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ela ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.
Os sinais e sintomas mais frequentes incluem tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta de apetite; emagrecimento acentuado; e rouquidão.
Alguns pacientes, entretanto, não exibem indícios da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples e que não são percebidos durante alguns meses. A tuberculose pode ser confundida com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante três a quatro meses sem que a pessoa infectada saiba.
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele ao falar, espirrar ou tossir pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.
Prevenção e tratamento
De acordo com o ministério, a vacina BCG é obrigatória para menores de 1 ano, já que protege as crianças contra as formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da doença, segundo a pasta, é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença.
O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção. Ele só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.
Cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata pode infectar, em média, de dez a 15 pessoas por ano. Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, como a pobreza e a má distribuição de renda, a desnutrição, as más condições sanitárias e a alta densidade populacional.
Números da doença no Brasil
Em 2017, o Brasil registrou 34,8 casos de tuberculose por 100 mil habitantes. Foram anotados ainda 4.534 óbitos pela doença, resultando em um coeficiente de mortalidade de 2,2 mortes por 100 mil habitantes.
O país, de acordo com o Ministério da Saúde, atingiu os chamados Objetivos do Milênio de combate à tuberculose, que previam reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado aos resultados de 1990. Em 2018, entretanto, houve 72,8 mil casos novos no país.
“Apesar de ter avançado, o brasileiro deve ficar sempre alerta”, destacou o ministério, ao reforçar a importância de se começar o tratamento o quanto antes. A terapia de combate à tuberculose está disponível gratuitamente em unidades públicas de saúde e mantê-la até o final é essencial para atingir a cura da doença.
Fonte: Agência Brasil